A primeira, no RJ-TV 1a edicão: Casos de Dengue Preocupam Moradores de Magé.
A segunda, no RJ-TV 2a edicão: Casos de Dengue Atrapalham Atendimento Médico em Magé.
Vários aspectos normais de nossa cidade puderam ser notados.
Para pensar:
- Não é de hoje que os hospitais e postos de saúde de Magé são abandonados. Não é só culpa da Núbia. O problema e o descaso são antigos. Como eu disse no post anterior: pintam-se as fachadas e compra-se um ou outro equipamento de tempos em tempos. Mas o atendimento não é adequado há décadas. Todos temos uma experiência pra contar.
- Um dos entrevistados na 1a matéria reclama da falta de informacão quanto ao combate ao mosquito da dengue. O que aconteceu com os Agentes de Saúde que iam às casas colocar remédios e explicar os procedimentos de prevencao?
- Essa cultura do título de eleitor também é antiga, mas eu achava que era mais comum em épocas de eleicão. Além do atendimento médico, onde mais exigem-se os títulos para servicos públicos?
Sobre o título de eleitor:
- 1a edicão: "Nós não temos o cartão SUS ainda", ao explicar a exigência de título e de outros documentos.
- 2a edicão: "Da ordem de 40% o atendimento aqui é de Caxias. Por isso nós estamos pedindo documento, pq nossos recursos não dá pra atender Magé e Caxias também"
Palavras da secretária de saúde, Marlene Formiga. É questão administrativa, política ou desumana mesmo? Em tempo: imagina se Teresópolis, Petrópolis e até Caxias resolvessem barrar os mageenses que há anos procuram um atendimento decente por lá...
- Os dois títulos, das duas matérias, são infelizes e não colaboram para a ampliacão do debate do caos da saúde em Magé.
* Ao focar a dengue, dão atencão à epidemia e esquecem que os hospitais são largados o tempo todo.
* No segundo, a dengue atrapalha o atendimento. "Mais de 200 mil moradores e um hospital em funcionamento." Tem certeza que a culpa é do mosquito?
Aos que são de Magé, Piabetá, Mauá, Santo Aleixo e dos outros bairros. Contem o que vcs sabem, comentem e colaborem com o crescimento da Rede Mageense de Blogs!
- Um dos entrevistados na 1a matéria reclama da falta de informacão quanto ao combate ao mosquito da dengue. O que aconteceu com os Agentes de Saúde que iam às casas colocar remédios e explicar os procedimentos de prevencao?
- Essa cultura do título de eleitor também é antiga, mas eu achava que era mais comum em épocas de eleicão. Além do atendimento médico, onde mais exigem-se os títulos para servicos públicos?
Sobre o título de eleitor:
- 1a edicão: "Nós não temos o cartão SUS ainda", ao explicar a exigência de título e de outros documentos.
- 2a edicão: "Da ordem de 40% o atendimento aqui é de Caxias. Por isso nós estamos pedindo documento, pq nossos recursos não dá pra atender Magé e Caxias também"
Palavras da secretária de saúde, Marlene Formiga. É questão administrativa, política ou desumana mesmo? Em tempo: imagina se Teresópolis, Petrópolis e até Caxias resolvessem barrar os mageenses que há anos procuram um atendimento decente por lá...
- Os dois títulos, das duas matérias, são infelizes e não colaboram para a ampliacão do debate do caos da saúde em Magé.
* Ao focar a dengue, dão atencão à epidemia e esquecem que os hospitais são largados o tempo todo.
* No segundo, a dengue atrapalha o atendimento. "Mais de 200 mil moradores e um hospital em funcionamento." Tem certeza que a culpa é do mosquito?
Aos que são de Magé, Piabetá, Mauá, Santo Aleixo e dos outros bairros. Contem o que vcs sabem, comentem e colaborem com o crescimento da Rede Mageense de Blogs!
12 comentários:
Envergonhado, eu assisti às reportagens. O descaso é total, eu diria que estamos em um "samba do crioulo doido."
Ótimo post, estarei sempre por aqui!
Abraço,
Charles de Melo.
Valeu pela participacão, Charles.
Agora pergunto: o que mais te chamou a atencão nas reportagens?
Pior que exigir o título de eleitor pra ser atendido no hospital é a mídia exibir isso e a justiça nao fazer absolutamente nada. Se não tem o cartão do sus, a identidade basta - no máximo o cpf. Não tem nenhuma informação no título de eleitor que o faça indispensável. A não ser, óbvio, que a prefeitura peça esse título com segundas e terceiras intenções. Enquanto isso... um juiz ganha 15.000 e é chamado de doutor sem ter feito nem mesmo o mestrado.
Uma autoridade só se torna autoridade na medida em que as pessoas lhe creditam tal poder. Nesse sentido, meu avô estava certo quando dizia: "cada povo tem o governante que merece". Se queremos mudança, precisamos fazer por merecer. Deixar de votar em certos candidatos não é suficiente. A mudança precisa ir além disso.
E ao contrário do que podem pensar, quando escrevo, não estou criando um manifesto anti-núbia.
O q me faz pensar e escrever é a postura da sociedade diante destes mal-tratos vindos de cima.
Na matéria, muitos estão ali por causa da câmera, provavelmente não entram no hospital a não ser em emergências.
Dão tchauzinho, brincam e fazem careta e esquecem do sofrimento de mtos ali dentro.
Enquanto continuarmos assim, não teremos mudanca de fato.
Em tempo: Tenho visto alguns candidatos fazendo campanha pelo orkut. As pessoas mudam.
Mas até agora não ouvi nenhuma proposta firme e convincente...
Aproveito para fazer uma observação, pois na semana passada precisei de atendimento médico devido ao que depois foi diagnosticado como uma virose... Busquei a rede particular, já sabendo que a rede pública é um caos em nosso município, e me surpreendi, porque percebi que o descaso não e só na rede pública fiquei de 10h até 15h30min para ser atendido. E a verdade é que todos querem tirar vantagem da população mageense...Não só os políticos...Acho que devemos pensar sobre isso...Existe um estigma em que os que detêm o poder, seja ele econômico ou político, estão sempre querendo tirar vantagem do povo...Mas acho que isso não se limita ao nosso município, né!?
Renato Moreira (para os que não me conhecem como Didi...rsrs)
Não vi a reportagem. Mas o assunto não é novo. Eu mesmo já precisei do meu título de eleitor para receber uma vacina anti-tetânica. Como eu não peguei Tétano, parece que ele foi muito mais útil neste dia do que no dia das eleições.
Essa frase tive que destacar sobre essa questão: "cada povo tem o governante que merece".
Concordo plenamente com essa frase, criticamos , criticamos e nada irá mudar enquanto não houver uma mudança na forma de pensar e de agir da população como um todo. Fico a pensar será q a população quer essa mudança? É tão cômodo ganhar o peixe na mão do que ter o anzol para pescar, sendo preferível fechar os olhos com situações que ocorrem ao nosso redor como tem sido o caso do hospital.
Eu, sinceramente, não concordo com a frase "cada povo tem o governo que merece".
Entramos em um mérito de índole, de merecimento, que esconde todas as complexidades da forma em que a política mageense é feita.
Somos obrigados a votar e, das opcões que aparecem, nenhuma de fato é diferente das outras.
Nesse caso, devemos pensar pq esses mesmos candidatos continuam sendo votados e fortes. Devemos tentar compreender os motivos que levam os indivíduos a dar poder a estes candidatos.
Infelizmente, o nível educacional e crítico na cidade é baixo (tanto em camadas pobres quanto mais endinheiradas).
Mtos mais pobres querem tirar vantagem pra ter uma vida melhor. Mtos (sobretudo jovens)com mais dinheiro só pensam em festas e shoppings, e outros valores consumistas.
Não digo que sejam pensamentos errados ou vazios, mas analisar o público é necessário tb. E neste aspecto, Magé perde por todos os lados.
Para esta postura, porém, há solucões criativas e menos chatas do que simplesmente discutir política.
Falarei mais sobre isso no próximo post.
:)
1) Eu também não pretendo construir um manifesto anti-núbia. Por isso eu disse que a mudança não pode ser apenas deixar de votar em determinado cantidato. A mudança tem que ir além disso, além do voto. A mudança é de ordem cultural, de estrutura de pensamento. Ou seja, estou de acordo com Léo quando ele diz que "O q me faz pensar e escrever é a postura da sociedade diante destes mal-tratos vindos de cima".
2) Léo, você tem razão: nenhum candidato aparece com propostas - no máximo aparecem com boa vontade. É nisso que pretendo insistir: precisamos de um Projeto de Cidade. A honestidade é algo maravilhoso, mas ela sozinha nao dará jeito em Magé. Política não é só técnica, eu sei disso. Mas, hoje, em Magé, necessitamos urgentemente de um governo mais técnico.
3)Léo, você pode não concordar com a frase "cada povo tem o governo que merece", mas ela é extremamente lógica. Se na democracia o povo pode escolher seus governantes através do voto, então o governante que está sentado lá no Palácio Anchieta é escolha de uma maioria (e no caso de núbia, de bastante gente). Não entramos em mérito de índole. É a lógica da democracia: gostemos dela ou não.
Sim, somos obrigados a votar. Mas não necessariamente temos que escolher alguém. Podemos votar NULO ou BRANCO. Mas campanhas na TV dizem que votar NULO ou BRANCO é algo anti-democrático. Mas que democracia é essa que não nos permite NÃO ESCOLHER NINGUÉM? Uma democracia que não nos permite NÃO ESCOLHER e nos obriga a ESCOLHER está mais perto de uma ditadura que de uma democracia.
4) Sim, devemos compreender a nossa sociedade!!! Isso é algo primordial! Compreender por que as pessoas agem da maneira que agem. Concordo plenamente!
5) Não concordo quando vc diz que o fato das pessoas não terem estudado e/ou serem pobres faz com que elas apoiem o tipo de política que aqui criticamos. Tem muita gente muito rica e estudada que apóia esse tipo de política tb!!! Para os pobres o atrativo para corromper o voto é o saco de cimento, trinta reais; para os ricos e estudados o atrativo é um emprego, um cargo de secretário, promessa de parceria do governo com a empresa que ele comanda, etc. O que faz as pessoas corromperem seus votos é algo para além da linha que separa ricos e pobres, pessoas que estudaram e pessoas que não estudaram. Estamos aqui discutindo Magé pra conseguir compreender melhor isso. Afinal somos povo também!
P.S.: Só um lembrete nesse item: aquele que dá cinco reais pro PM quando é parado de carro e moto não tem o menor direito de reclamar de nenhum tipo de corrupção.
6) Tudo isso me leva a pensar no seguinte paradoxo: se dizemos que precisamos compreender a sociedade mageense e se dizemos que na verdade quem precisa mudar é a sociedade mageense, então por que reclamamos dos políticos e da política? Óbvio, os políticos saíram de dentro da sociedade mageense. Assim, não há uma separação entre políticos e sociedade.
Todos os comentários nos levam a pensar sobre algo que acho correto: o problema é com um certo tipo de pensamento que há na sociedade mageense. Como mudar isso? Dá pra fazer isso?
Grande César.
Sobre a questão do pobre e rico, q vc me respondeu no item cinco.
Sempre temos que ter cuidado ao distinguir rico e pobre. No meu caso, fui descuidado e explico o equívoco.
Meu argumento se refere ao fato de que aqueles que têm um pouco mais de dinheiro em Magé culpam os mais pobres e periféricos pela derrota de seus candidatos favoritos.
A expressão "povão", por exemplo, é usada nesse sentido. "Núbia ganhou pq o povão votou nela", "Lourival perdeu pq o povão queria Narriman", essas coisas.
Só que os que têm mais acesso à educacão e a informacão não se diferenciam dos outros. Enquanto os mais pobres querem vantagens pessoais (cesta básica, favores...), os com mais dinheiro querem que um "parceiro" vire vereador, ou que o candidato do povão perca, ou mesmo que "magé se exploda", pq eles estão preocupados em como sair "deste buraco".
O que eu quis dizer (e não disse claramente) é que os que apontam os culpados não podem ser eximidos da mesma culpa. Nesse ponto, concordamos. :)
E vc está certo ao afirmar que o político é parte da sociedade. Só acho que temos que olhar e pensar solucões do lado de fora da câmara e da prefeitura.
Nesse caso, temos que fazer aquilo que os políticos não fazem: perceber nas pessoas capacidade e intelecto suficiente e incentivar o uso destas habilidades para auto-evolucão.
É isso...
O que mais chama atenção é a exigência do titulo de eleitor. Em todos, exatamente todos, serviços básicos oferecidos pela prefeitura é necessário apresenta o titulo.
O titulo vem recebendo mais importância do que a identidade ou CPF.
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